Cada profissional merece um ambiente de trabalho seguro, respeitoso e saudável. É por isso que, neste artigo, entenderemos profundamente o tema do assédio no local de trabalho, fornecendo informações cruciais para ajudar você a entender, prevenir e, se necessário, agir contra essa prática.
O que é assédio moral?
O assédio moral é a exposição repetitiva e prolongada de indivíduos a situações humilhantes e constrangedoras no ambiente de trabalho. Isso pode ocorrer de várias maneiras, incluindo comportamentos, palavras, atos, gestos ou escritos que prejudicam a dignidade, a integridade física e psíquica de uma pessoa. No contexto do Direito do Trabalho, o assédio moral é uma conduta incompatível com os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e do valor social do trabalho.
No local de trabalho, o assédio moral pode se manifestar de diferentes formas, como o assédio moral interpessoal, assédio moral institucional, assédio moral vertical, assédio moral horizontal e assédio moral misto.
Atitudes comuns para identificar o assédio moral incluem:
- Retirar a autonomia do colaborador ou questionar constantemente suas decisões.
- Sobrecarregar o colaborador com tarefas excessivas ou retirar tarefas que normalmente competem a ele, criando uma sensação de inutilidade.
- Ignorar a presença do assediado e se comunicar apenas com os demais colaboradores.
- Gritar ou falar de maneira desrespeitosa.
- Espalhar boatos ou rumores ofensivos sobre o colaborador.
- Não considerar problemas de saúde do colaborador.
- Criticar a vida pessoal da vítima.
- Impor punições vexatórias.
- Isolar fisicamente o colaborador.
- Desconsiderar ou ironizar injustificadamente as opiniões da vítima.
- Retirar cargos e funções sem motivo justo.
- Impor condições e regras de trabalho personalizadas.
- Delegar tarefas impossíveis de serem cumpridas.
- Manipular informações para dificultar o trabalho do colaborador.
- Vigilância excessiva.
- Limitar idas ao banheiro e monitorar o tempo gasto.
- Advertir arbitrariamente.
- Instigar o controle de um colaborador por outro, gerando desconfiança entre colegas.
Assista:
Algumas causas do assédio moral podem ser identificadas como:
- Abuso do poder diretivo.
- Busca incessante pelo cumprimento de metas.
- Cultura autoritária na empresa.
- Despreparo dos gestores para o gerenciamento de pessoas.
- Rivalidade no ambiente de trabalho.
- Inveja entre colegas de trabalho.
Como prevenir e agir contra o assédio moral?
Prevenir o assédio moral no ambiente de trabalho envolve uma série de medidas, como incentivar a participação efetiva dos colaboradores na vida da empresa, instituir e divulgar um código de ética organizacional, promover palestras, oficinas e cursos de conscientização sobre o assédio moral, fomentar boas relações no ambiente de trabalho, ampliar a autonomia dos colaboradores, observar o aumento injustificado de absenteísmo, realizar avaliações de riscos psicossociais no ambiente de trabalho, garantir tratamento justo e respeitoso a todos os colaboradores e oferecer apoio psicológico e orientação aos colaboradores que se consideram vítimas de assédio moral.
O que fazer se você for vítima de assédio moral?
Se você for vítima de assédio moral, é importante reunir provas do assédio, buscar apoio de colegas que testemunharam a situação, buscar orientação psicológica, comunicar a situação ao setor responsável da empresa e, se necessário, recorrer a sindicatos, órgãos representativos de classe ou associações. Avaliar a possibilidade de ingressar com uma ação judicial de reparação de danos morais também é uma opção.
Existe assédio no home office?
O home office trouxe novos desafios relacionados ao assédio no trabalho, como a vigilância excessiva, a exigência de disponibilidade fora do horário de trabalho e a extrapolação da jornada. É importante que líderes e gestores sejam treinados para gerenciar equipes remotas de forma adequada.
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Enfrentar essa situação é uma jornada difícil, repleta de desafios emocionais e profissionais. No entanto, é importante lembrar que você não está sozinho nessa luta. Saiba que há recursos e soluções disponíveis. Denuncie, busque apoio e não hesite em tomar medidas legais quando necessário. Consulte um advogado especialista para lhe auxiliar!
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